Brasif Social já formou cerca de 600 jovens em BH

Projeto de qualificação profissional forma aprendizes de mecânicos há 25 anos

A Brasif patrocina o projeto de qualificação de jovens aprendizes de mecânicos, combinando assistência social e formação profissional. No Brasif Social, os alunos recebem curso de mecânica básica e informática, palestras sobre cidadania e benefícios, como tratamento odontológico no Centro de Treinamento Técnico (CTT), em Belo Horizonte. São 25 anos de atuação, 28 turmas concluídas e cerca de 600 jovens já formados, numa iniciativa do presidente da empresa, Jonas Barcellos.

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“A Brasif criou o projeto para oferecer opções de renda e futuro para adolescentes que enfrentam dificuldade financeira. Ao final do curso, praticamente 100% dos nossos alunos ingressam no mercado de trabalho, tanto na Brasif, quanto nas empresas parceiras”, afirma Fernando Vasconcelos, Gerente Regional da Brasif.

O cronograma do curso, que tem duração de sete meses, inclui aulas teóricas e práticas de geometria, metrologia, hidráulica, eletricidade, familiarização com ferramentas, conjuntos mecânicos, além de treinamento de informática.

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“O aluno do CTT da Brasif aprende a teoria e depois o princípio básico do funcionamento dos motores à gasolina, álcool e diesel, ou seja, toda mecânica veicular. Incluímos também aula de informática na grade curricular, por entender que atualmente a maioria das pessoas tem acesso ao computador e isso é necessário no mercado de trabalho”, afirma Vasconcelos.

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A seleção dos alunos demora em média dois meses e é feita na comunidade no entorno da Brasif Máquinas, localizada na Zona Norte de Belo Horizonte, próximo ao Anel Rodoviário, uma região carente da capital mineira. A Brasif tem parceria com escolas e associação de moradores da região, que ajudam no recrutamento dos alunos, em sua maioria jovens entre 14 e 16 anos, vindos de famílias de baixa renda.

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“Temos convênio com os colégios da região e abrimos a área do CTT para os alunos da comunidade pelo menos uma vez ao mês, para fazerem gincanas e praticar esportes. O objetivo é que esses jovens conheçam o que a empresa faz e assim conseguimos atrair essa mão de obra”, afirmou Fernando Vasconcelos.

Para participar do projeto há uma exigência: o jovem tem que estar matriculado na escola. Após a inscrição do aluno no curso, o corpo técnico da Brasif faz uma pesquisa e visita a casa dos candidatos para conhecer a família, as condições em que mora, e assim, saber o que cada um deles necessita.

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Ao final do programa, os alunos passam tempo na Brasif, para conhecer os diferentes departamentos e áreas de atuação da empresa. A companhia ainda auxilia os jovens a se inserir no mercado de trabalho, encaminhando os alunos para empresas parceiras, clientes e fornecedores.

“Nossos clientes recebem esses alunos de forma muito positiva, pois admiram o projeto e querem se engajar. Além disso, ao contratar uma pessoa formada pela Brasif, eles sabem que estão levando um bom profissional para dentro de casa, já que somos reconhecidos por isso”, afirma Vasconcelos.

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O professor João Bosco Natal, formado em mecânica pelo Senai e com mais de 40 anos de experiência na profissão, está à frente do CTT e capacitando os alunos desde a primeira turma, criada em 1992.

“Quando fiquei sabendo do objetivo final desse projeto, que é ajudar e capacitar jovens carentes, abracei a iniciativa com amor e muita dedicação. O mais bonito de tudo isso é que, ao ajudar, vi renascer em mim uma empolgação do início do exercício da minha profissão. Formei ótimos profissionais aqui, ensinei tudo o que eu sei e tive o privilégio de vê-los galgando bons cargos no mercado de trabalho”, afirmou o professor Natal.

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Ao longo desses anos de trajetória, o CTT da Brasif Máquinas coleciona inúmeras histórias de superação. Uma delas é a formação dos quatro filhos de um vendedor de picolé, que não tinha recursos para financiar os estudos dos garotos. Todos os irmãos se formaram em aprendiz de mecânica pela Brasif, foram encaminhados para o mercado de trabalho e hoje estão cursando o ensino superior.

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O professor Natal ainda menciona mais duas histórias de sucesso. Alaor de Almeida participou das terceira turma do CTT Brasif Máquinas, em 1994, e foi encaminhado à Construtora Minas Engenharia como ajudante de mecânica. Após alguns anos de trabalho e várias promoções, chegou ao cardo de diretor de manutenção e transferiu-se para a Construtora Melo Azevedo, no mesmo cargo. Já Fabrício Castro, aluno da quarta turma, foi encaminhado à empresa Fundiligas também como ajudante de mecânica. Após algum tempo, fundou sua própria empresa, a Altom Metalurgia e, a exemplo do Alaor, também, admitiu vários ex-alunos na sua empresa.

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“Ver esses meninos vencendo na vida é o que nos motiva e nos alegra. Abraçamos esse projeto, de corpo e alma, por entender que ele representa um benefício real e concreto para jovens carentes. Nosso interesse é ajudar e servir a comunidade em que estamos, tratando esses garotos com muito respeito e valorização”, afirmou Fernando Vasconcelos.

Os pais dos alunos também acreditam no projeto. Adria Patrícia de Oliveira, 41, é mãe do ex-aluno Eduardo Henrique, 17. Para ela, o CTT representa mais que uma qualificação técnica para esses jovens. “Além das noções de mecânica, meu filho aprendeu como se portar no ambiente de trabalho. Se ele seguir a área do curso, ótimo. De qualquer forma, ele já está preparado para o mercado e chega com um diferencial para disputar qualquer vaga”, afirma Adria Patrícia.

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Emerson Ribeiro, 39, pai do Eduardo Henrique, corrobora a importância da qualificação desses jovens e incentiva que mais empresas tenham essa iniciativa. “Acho o projeto excelente e outras companhias deveriam fazer o mesmo. A Brasif está plantando a semente para ter um bom um profissional no futuro, que poderá atender a demanda dela. A empresa conhece cada profissional que se forma aqui, sabe que trabalhou duro e mais, que precisa da vaga”, afirmou Emerson Ribeiro.

Depoimentos dos ex-alunos:

Arley Victor, 19 anos

“Eu não sabia quase nada de informática e aprendi muita coisa aqui. Depois que me formei, assumi a gráfica do meu pai com ele. Graças a Brasif, tive a oportunidade de conquistar um diploma de auxiliar de mecânico industrial”.

Breno Paulo, 19 anos

“Meu sonho sempre foi ingressar na área de mecânica. Já  trabalhava na Brasif como Menor Aprendiz quando fiquei sabendo do curso. Assim que que terminei a qualificação no CTT fui indicado para trabalhar na Somac, cliente da Brasif. Já estou empregado há um ano e cinco meses, ainda quero fazer engenharia mecânica e seguir essa profissão.”

Davison da Silva Gonçalves, 17 anos

“Fiquei sabendo do CTT no meu colégio, que fica perto da Brasif. Desde pequeno queria ser mecânico, porque eu amo máquinas! Meu sonho é fazer engenharia automotiva, começar em um emprego, evoluir dentro da empresa, até chegar a ser um mecânico renomado.”

Pablo de Oliveira Evaristo, 19 anos

“Essa oportunidade de fazer o curso mudou minha vida. Hoje tenho outra perspectiva de futuro, porque seria diferente chegar lá na frente sem nenhuma qualificação. Já estou empregado e trabalhando na Somac, cliente da Brasif, há um ano e seis meses. Estou gostando muito e já quero fazer outro curso na área de mecânica”.