Brasif traz da Índia embriões das raças Nelore, Gir e Guzerá

Objetivo do projeto é a multiplicação e a disseminação de genética nos rebanhos nacionais

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A Brasif iniciou em 1995 o Projeto Índia. Audacioso e na vanguarda, o projeto consiste em trazer para o Brasil embriões puros das raças Nelore, Gir e Guzerá da Índia, realizar novos cruzamentos e por fim, refrescar o sangue da raça no país, reduzindo a consanguinidade.

Hoje o país tem 208 milhões de cabeças gado, sendo que 80% são zebuíno, ou seja, Nelore e seus cruzamentos. A base genética da raça é muito estreita, já que houve pouquíssimas importações de animais da Índia.

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Acredita-se que esses novos cruzamentos permitirão o nascimento de animais mais férteis e com maior rusticidade. “Este projeto é de fundamental importância para a pecuária nacional, já que esta variabilidade genética permitirá a estruturação de novos projetos de seleção genética, com vistas à maior eficiência e produção de carne e leite com menor gasto de energia e poluição ambiental”, afirma o presidente das Empresas Brasif, Jonas Barcellos.

O projeto consiste na disseminação dos genes selecionados no topo da pirâmide (animais selecionados) para a base da pirâmide (rebanho comercial), com o objetivo de melhorar a quantidade e qualidade da carne que chega até a mesa do consumidor.

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Em 2010, foram importados pela Brasif 1500 embriões da Índia. Dos embriões que chegaram em 2010, mil foram transferidos para vacas receptoras (“barriga de aluguel”), que ficaram em quarentenário, isto é, isoladas na fazenda Mata Velha, em Capitólio (MG). A taxa de conversão desses embriões importados foi de 35%, ou seja, 350 bezerros estão hoje aptos para serem selecionados e cruzados, trazendo refrescamento para a consanguinidade existente na raça.

“Em linhas gerais o gado indiano vai trazer para o gado nacional fertilidade, melhoria no status reprodutivo, rusticidade, melhor acabamento da carcaça e aumento na qualidade da carne”, afirma Renato Barcellos, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB).

Como resultado da primeira leva de importação, a Fazenda Mata Velha ainda tem guardado em seu banco genético 500 embriões vindos da Índia, o que garante que as matrizes estão sendo preservadas e podem ser usadas novamente no futuro.

História da raça Nelore no Brasil

A trajetória que transformou o Ongole indiano no Nelore brasileiro começou na primeira metade do século XIX, de quando datam os primeiros registros de desembarque no país de zebuínos originários da Índia, todos de raça branca. A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em 1868 quando um navio, que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo, vindos justamente do porto de Nelore, na Índia. Os animais teriam sido comercializados, permanecendo no país com esse novo nome.

Dez anos depois, em busca de animais exóticos para trazer ao Brasil, Manoel Ubelhart Lembgruber teve contato com a raça Ongole durante uma visita ao zoológico de Hamburgo, na Alemanha, e de lá promoveu a importação de um casal de animais, em outubro de 1878. Posteriormente, outras partidas oriundas diretamente da Índia aportaram no Rio de Janeiro. A raça Nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, em São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.

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As duas últimas e significativas importações de reprodutores Nelore aconteceram entre os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de Noronha, onde foram submetidos à quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias, Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das principais linhagens de Nelore. Os principais criadores responsáveis por essas importações são: Torres Homem Rodrigues da Cunha, Rubens Andrade de Carvalho e Celso Garcia Cid.

De acordo com a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), estima-se que o Brasil possui atualmente um rebanho com mais de 200 milhões de bovinos de corte e leite, dos quais 80% do gado de corte são Nelore ou anelorado, o que equivale a mais de 160 milhões de cabeças.

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O Nelore brasileiro é considerado um patrimônio legitimamente nacional e uma grande vitória da criação brasileira, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores do mundo todo.

Sobre a Brasif 

Brasif foi fundada em 1965, por Jonas Barcellos, para atuar no setor de produtos siderúrgicos. Hoje, suas atividades atuais se estendem aos mais variados segmentos, como venda e aluguel de máquinas pesadas, varejo, empreendimentos imobiliários, investimentos financeiros, biotecnologia, açúcar, álcool e bioenergia, agricultura e pecuária.

Desde sua fundação, a Brasif busca criar valor no longo prazo, através do empreendedorismo, pioneirismo, inovação e antecipação de tendências econômicas. A Brasif também busca continuamente melhorar a rentabilidade de seus negócios através do crescimento e do aumento da eficiência operacional.

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